A crise de 29, também conhecida como a Grande Depressão, foi uma das piores crises econômicas da história mundial. Começou em outubro de 1929, quando a Bolsa de Valores de Nova York sofreu um de seus piores colapsos. Investidores perderam grandes quantias de dinheiro, gerando um efeito dominó que afetou bancos, empresas e governos, levando a uma grande queda no comércio internacional e ao aumento do desemprego.

Há vários fatores que contribuíram para o colapso financeiro mundial. Durante os anos 20, o mundo viveu um auge do capitalismo, que levou ao surgimento de indústrias e um aumento na produção. No entanto, essa produção excedeu a demanda do mercado, o que levou a uma queda nos preços e ao aumento dos estoques, tornando os produtos difíceis de vender.

Outro fator foi o uso excessivo do crédito. Naquela época, os bancos emprestavam muito dinheiro sem a devida análise de risco, levando a uma crescente dívida dos países. Além disso, houve um aumento na especulação financeira, com investidores colocando dinheiro na Bolsa em busca de rápida valorização, sem considerar a estabilidade econômica dos países.

Os efeitos da crise foram devastadores em todo o mundo. Os preços das ações caíram drasticamente, muitas empresas faliram e bancos fecharam. O desemprego aumentou substancialmente em todo o mundo industrializado, e muitas pessoas perderam suas casas e economias. O comércio internacional caiu em 60% e a produção industrial caiu em 40%.

Para tentar remediar a situação, diversos países implementaram políticas econômicas. Nos Estados Unidos, o presidente Franklin D. Roosevelt implementou o New Deal, um programa de reformas econômicas e sociais que visava restabelecer a economia americana. Com ações como a criação do seguro-desemprego, aumento de impostos aos mais ricos e investimentos em infraestrutura, Roosevelt conseguiu recuperar a economia.

No entanto, a crise de 29 também teve um impacto duradouro na economia global. A confiança dos investidores no sistema financeiro diminuiu, assim como a do público em geral. O Estado ganhou mais protagonismo na economia, com muitos países adotando políticas de intervenção na economia para prevenir futuras crises.

Em conclusão, a crise de 29 foi um evento que impactou grandemente a economia global e teve efeitos duradouros. Apesar da implementação de políticas que conseguiram reerguer a economia mundial, o trauma dessa crise levou a um maior controle governamental e à criação de sistemas para evitar futuras crises financeiras.